Quem acompanha a Marvel e a DC de perto sabe que a segunda costuma ser mais cafona e “viajar mais longe” na hora de criar personagens insólitos. Mas a Casa das Ideias não fica muito longe quando não se aguenta na “brisada” e dá à luz como um de seus personagens mais ridículos de todos os tempos, que estreou em uma HQ recente.
- “Amizade tóxica” do Homem-Aranha está estragando o herói
- Homem-Aranha finalmente explica como consegue dormir e salvar a cidade
Atenção para spoilers de Edge of Spider-Verse #2!
Tudo bem que, ao falarmos de multiverso, nada tem limites, tanto na DC quanto na Marvel Comics. Ambas possuem realidades paralelas com bichos que falam, heróis bebês, versões completamente sombrias ou estúpidas de personagens conhecidos, e até… objetos que se tornam defensores da Terra.
A novidade apareceu em Edge of Spider-Verse #2, lançado recentemente. A série de antologias percorre a Teia da Vida, visitando totens de aranha de todo o Multiverso. Desta vez, a trama para na na Terra-9349 e revisita o Homem-Aranha Ciborgue, na realidade desta trama, ainda está se acostumando com seus aprimoramentos cibernéticos, especialmente o sistema operacional.
Eis que o assistente do Homem-Aranha Ciborgue é ninguém menos do que uma versão aracnídea do Microsoft Clippy. Durante uma caça ao Duende Ciborgue, o “Clippy-Aranha” aparece: “Você gostaria de algumas sugestões?”, diz o ajudante digital em uma tela virtual parecida com o painel de controle do Homem de Ferro.
O Homem-Aranha Ciborgue original apareceu pela primeira vez em 1992, no auge da fase de Erik Larsen, que mais tarde assumiu uma das HQs mais longevas de todos os tempos, Savage Dragon. Na época, Peter Parker ficou mortalmente ferido em combate com o Sexteto Sinistro e passou a usar protótipo experimental depois de ser resgatado pelo Ciborgue X.
Já o infame Clippy tem lá seus fãs nostálgicos, mas raramente era considerado útil na época. Quando a Microsoft desativou o assistente por padrão para seu então novo Office XP, a empresa transformou sua demissão em uma campanha publicitária completa, tamanha a “comoção” dos usuários. Um artigo da Smithsonian Magazine de 2007 chegou a batizar o Clippy de “um dos piores erros de design de software”, e a Time Magazine o nomeou uma das 50 piores invenções da tecnologia.
Então, você pode até defender por conta de sua memória afetiva ou lembrar que existe um Porco-Aranha no Aranhaverso, mas não dá para negar que o Clippy-Aranha ganha quando precisamos eleger um dos personagens mais ridículos da Marvel em todos os tempos.
